sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

ICT e aprendizagem


“Our ability to learn what we need for tomorrow is more important than what we know today. A real challenge for any learning theory is to actuate known knowledge at the point of application. When knowledge, however, is needed, but not known, the ability plug into sources to meet the requirements becomes a vital skill. As knowledge continues to grow and evolve, access to what is needed is more important than what the leaner currently possesses.” 

As transformações tecnológicas são um dos elementos que impulsionam as sociedades para mudanças sociais e económicas e ajudam a reconstruir representações culturais de uma comunidade. Vemos como na História novas capacidades técnicas reformularam novas possibilidades, destruíram conjuntos sociais seculares e construíram mundos novos. Vivemos sobre uma onda tecnológica, reconhecemo-la nos momentos diários de contacto com ela, mas de certa maneira ainda não interiorizamos as profundas transformações que daí decorrem.


É estranho que a escola, organização social de preparação para o desempenho profissional, não consiga integrar as experiências dos alunos, pois isso contaria toda a ideia de como se faz aprendizagem. É anacrónico pretender preparar para uma sociedade, sem um domínio pleno de ferramentas que os alunos terão de usar e de conhecer e de não dar uma integração global de responsabilização cívica para uma intervenção que conjugue o pensamento com a acção.


Das muitas variantes que integram o digital na aprendizagem de conteúdos disciplinares, parece-me que um que deve ser destacado é a motivação.  Ela é essencial para procurar fazer um trabalho rigoroso, competente e instrumental. Como a aborda a escola? Tem a escola consideração pelo conhecimento universal, ou prefere a ubiquidade momentânea? Os valores, a cidadania, o respeito pela palavra, são elementos da arquitectura da escola? Há alguma construção minimamente garantida dos projectos que se pensam, há respeito pelo valor institucional do saber? 

Muitas dificuldades. A democracia, base de uma escola colaborativa depende da palavra, do seu significado, do valor das ideias. A literacia é essencial para a participação no mundo, mas não é menos a possibilidade criativa de cada um. É a criatividade que nos dá a dimensão do que somos, humanos. Quando apenas estamos preparados para apresentar as respostas às perguntas já conhecidas, é um pouco da nossa respiração como pessoas que se perde. E se a educação não procura esse valor de aprimoramento, essa capacidade do pensamento para agir, as viagens ao interior das coisas, à sua compreensão são no essencial esforços perdidos.
Siemens, G. (2004). Conectivismo: a Teoria de Aprendizagem para a idade digital.

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